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Certo dia, estava eu, andando à noite, voltando para casa, quando reparei, olhando para os faróis e lanternas acesas dos carros que passavam por mim, o quanto eu não enxergo bem.
Então, comecei a me lembrar há quanto tempo uso óculos. Desde os 10 anos de idade! Lembro-me como se fosse hoje quando entrei na fila dos alunos da minha turma da 4ª série do 1º grau para ir para a classe com aquela novidade no rosto. O mês era agosto. O ano eu sei, mas não vou dizer.
Nesse tempo, foram dezenas de modelos e tamanhos diferentes de armações, lentes fotocromáticas, tentativa (sem sucesso) de uso de lentes de contato, astigmatismo, miopia, ceratocone e um transplante de córnea.
Depois, pensei se já havia tido boa visão algum dia. Não lembrei de muita coisa, somente que quando caía algo pequeno em casa, como uma agulha, por exemplo, era eu quem a encontrava, mas não lembro de como enxergava.
Não costumamos dar valor para o que temos enquanto ainda as temos, somente depois que perdemos é que percebemos o quanto poderia ter sido melhor se tivéssemos prestado mais atenção, se tivéssemos aproveitado mais, se tivéssemos dado mais vida ao que tínhamos.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Black out!
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Ontem às noite, ocorreu, por volta das 10h15m, um apagão que afetou grande parte do Brasil e o Paraguai.
Agora vou contar como foi minha aventura, minha versão do incidente:
Estava assistindo aula e, às 10h15m, as luzes da minha sala começaram a oscilar, até que apagaram de vez. O professor foi obrigado a encerrar a aula. Então, constatamos que a falta de energia era em todo o prédio. Tivemos (eu e uma multidão de alunos) que descer as escadas até o térreo e, saindo para a rua, constatamos que a falta de energia era em toda a rua ou em todo o bairro. Depois, ficamos sabendo que era em toda a cidade. O metrô não estava funcionando, nem os trens. Como iria embora? Liguei para casa e descobri que o blecaute havia afetado vários estados do país, mas que não se sabia a causa.
Eu e mais alguns colegas de sala descemos até a estação do metrô República para saber se tinham alguma informação. A única informação que nos deram era de que não poderíamos ficar ali e que a estação deveria ser evacuada. Voltamos à rua, onde havia uma multidão de gente pensando em como voltar para casa e muitos pedintes tentando garantir sobrevivência.
Eis que um homem decidiu ir para o terminal de ônibus do Parque Dom Pedro II e convidou quem quisesse acompanhá-lo para que andássemos em grupo pelas escuras ruas do centro de SP. E a caminhada começou: Rua Barão de Itapetininga, Viaduto do Chá, Praça do Patriarca, Rua Direita, Rua General Carneiro e..., nossa! O terminal parecia saída de estádio de futebol em dia de jogo ou de show. Uma multidão de gente pedindo informações de como ir para todos os cantos da Grande SP, vindas de vários lugares da mesma região.
Encontrei um senhor de Mauá que também não sabia como voltar para casa. Ele se chama Rosalvo. Após algumas tentativas de encontrar uma alternativa, resolvemos pegar o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila, sabe?) para o Sacomã. Para embarcar, era preciso ter Billhete Único ou enfrentar uma fila enorme. Aí, apareceu o anjo Rosalvo que pagou minha passagem com seu Bilhete Único e não aceitou que eu lhe pagasse em dinheiro. Fomos até o Sacomã. Para embarcar em outro ônibus, era preciso pagar integração com Bilhete Único ou em dinheiro. Quando percebi, o anjo Rosalvo já havia passado o Bilhete para eu atravessar a catraca. Como ele ia para Mauá, agradeci e nos despedimos!
Embarquei em um ônibus para casa e paguei somente e diferença da integração: R$ 1,65. Ao passar pela favela do Heliópolis, o ônibus foi apedrejado. Não acredita? Vai se f****! É verdade! Enormes pedras contra o vidro e, eu e mais uns vinte passageiros, quase deitados no chão, em um emocionante clima de guerra, para nos protegermos.
Enfim, cheguei no meu escuro bairro às 0h30m e, para fechar a noite com chave de ouro, um banho gelado à luz de velas!
Ontem às noite, ocorreu, por volta das 10h15m, um apagão que afetou grande parte do Brasil e o Paraguai.
Agora vou contar como foi minha aventura, minha versão do incidente:
Estava assistindo aula e, às 10h15m, as luzes da minha sala começaram a oscilar, até que apagaram de vez. O professor foi obrigado a encerrar a aula. Então, constatamos que a falta de energia era em todo o prédio. Tivemos (eu e uma multidão de alunos) que descer as escadas até o térreo e, saindo para a rua, constatamos que a falta de energia era em toda a rua ou em todo o bairro. Depois, ficamos sabendo que era em toda a cidade. O metrô não estava funcionando, nem os trens. Como iria embora? Liguei para casa e descobri que o blecaute havia afetado vários estados do país, mas que não se sabia a causa.
Eu e mais alguns colegas de sala descemos até a estação do metrô República para saber se tinham alguma informação. A única informação que nos deram era de que não poderíamos ficar ali e que a estação deveria ser evacuada. Voltamos à rua, onde havia uma multidão de gente pensando em como voltar para casa e muitos pedintes tentando garantir sobrevivência.
Eis que um homem decidiu ir para o terminal de ônibus do Parque Dom Pedro II e convidou quem quisesse acompanhá-lo para que andássemos em grupo pelas escuras ruas do centro de SP. E a caminhada começou: Rua Barão de Itapetininga, Viaduto do Chá, Praça do Patriarca, Rua Direita, Rua General Carneiro e..., nossa! O terminal parecia saída de estádio de futebol em dia de jogo ou de show. Uma multidão de gente pedindo informações de como ir para todos os cantos da Grande SP, vindas de vários lugares da mesma região.
Encontrei um senhor de Mauá que também não sabia como voltar para casa. Ele se chama Rosalvo. Após algumas tentativas de encontrar uma alternativa, resolvemos pegar o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila, sabe?) para o Sacomã. Para embarcar, era preciso ter Billhete Único ou enfrentar uma fila enorme. Aí, apareceu o anjo Rosalvo que pagou minha passagem com seu Bilhete Único e não aceitou que eu lhe pagasse em dinheiro. Fomos até o Sacomã. Para embarcar em outro ônibus, era preciso pagar integração com Bilhete Único ou em dinheiro. Quando percebi, o anjo Rosalvo já havia passado o Bilhete para eu atravessar a catraca. Como ele ia para Mauá, agradeci e nos despedimos!
Embarquei em um ônibus para casa e paguei somente e diferença da integração: R$ 1,65. Ao passar pela favela do Heliópolis, o ônibus foi apedrejado. Não acredita? Vai se f****! É verdade! Enormes pedras contra o vidro e, eu e mais uns vinte passageiros, quase deitados no chão, em um emocionante clima de guerra, para nos protegermos.
Enfim, cheguei no meu escuro bairro às 0h30m e, para fechar a noite com chave de ouro, um banho gelado à luz de velas!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O Proprietário
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Havia um homem, proprietário de uma linda casa para alugar. Era uma casa realmente muito bonita. Não era muito grande, mas era espaçosa, confortável, bem localizada. Não haveria dificuldades para conseguir um inquilino.
Surpreendentemente, o primeiro inquilino apareceu logo. O mesmo se interessou pela casa antes mesmo de o proprietário anunciar a casa para aluguel. A casa realmente chamava a atenção. O acordo foi feito com muita facilidade.
Após alguns meses nessa casa, o inquilino percebeu que havia algumas goteiras no teto da sala e que, sempre que chovia muito forte, precisava espalhar alguns baldes para conter aquelas gotinhas irritantes. Foi conversar com o proprietário, mas o mesmo se recusou a consertar, afirmando ser perda de dinheiro com besteira e que em sua casa, também, havia goteiras e nunca lhe incomodaram. O inquilino não aceitou os argumentos do proprietário e decidiu abrir mão de todo aquele conforto. Foi embora para não voltar mais!
Não demorou muito tempo para surgir outro interessado em morar naquela casa. A casa realmente chamava atenção. Não era difícil alguém se interessar por ela. Dessa vez, era um casal que iria preencher o vazio da casa.
Em um ano a inquilina engravidou e começou a sentir-se mal com as cores dos azulejos da cozinha. O marido conversou com o proprietário, expôs a situação e prontificou-se a trocar, por conta própria, todos os azulejos. O proprietário não permitiu, dizendo que aqueles azulejos eram muito antigos e que tinham um valor inestimável, não podendo ser trocados. Pensando na saúde de sua esposa e de seu filho, o inquilino resolveu mudar-se de casa, deixando-a, novamente, vazia.
O proprietário ficou um pouco desapontado, pois não conseguia entender o porquê de não conseguir manter moradores permanentes em sua casa, sendo que achava que a mesma era linda e aconchegante. Mas, como não poderia deixar de ser, antes que pudesse encontrar as respostas, uma nova moradora já estava ocupando o vazio deixado pelo casal anterior.
Novamente, em pouco tempo, a casa estava sem ninguém. E, assim foi, por muito e muito tempo. Alguém interessado em morar na casa fica desagradado com alguma coisa, propõe uma mudança que não é aceita pelo proprietário e resolve abrir mão da casa devido à relutância e teimosia do proprietário. E outro. E outra. E outro. E muitos mais...
Com o coração acontece o mesmo. Enquanto não nos desprendermos de certas convicções, de nosso apego, de certos paradigmas e de nosso egoísmo, não conseguiremos ser felizes. Enquanto acharmos que estamos certo em tudo, que não precisamos mudar em nada e que tudo deve acontecer e ser do jeito que queremos ou que achamos correto, não poderemos progredir e crescer. Enquanto não fizermos uma reforma em nosso interior, não procurarmos ser ideais ou úteis para os outros, não nos será permitido encontrar aquele alguém que nos preencha o vazio que ecoa em nossa casa, em nosso coração.
Havia um homem, proprietário de uma linda casa para alugar. Era uma casa realmente muito bonita. Não era muito grande, mas era espaçosa, confortável, bem localizada. Não haveria dificuldades para conseguir um inquilino.
Surpreendentemente, o primeiro inquilino apareceu logo. O mesmo se interessou pela casa antes mesmo de o proprietário anunciar a casa para aluguel. A casa realmente chamava a atenção. O acordo foi feito com muita facilidade.
Após alguns meses nessa casa, o inquilino percebeu que havia algumas goteiras no teto da sala e que, sempre que chovia muito forte, precisava espalhar alguns baldes para conter aquelas gotinhas irritantes. Foi conversar com o proprietário, mas o mesmo se recusou a consertar, afirmando ser perda de dinheiro com besteira e que em sua casa, também, havia goteiras e nunca lhe incomodaram. O inquilino não aceitou os argumentos do proprietário e decidiu abrir mão de todo aquele conforto. Foi embora para não voltar mais!
Não demorou muito tempo para surgir outro interessado em morar naquela casa. A casa realmente chamava atenção. Não era difícil alguém se interessar por ela. Dessa vez, era um casal que iria preencher o vazio da casa.
Em um ano a inquilina engravidou e começou a sentir-se mal com as cores dos azulejos da cozinha. O marido conversou com o proprietário, expôs a situação e prontificou-se a trocar, por conta própria, todos os azulejos. O proprietário não permitiu, dizendo que aqueles azulejos eram muito antigos e que tinham um valor inestimável, não podendo ser trocados. Pensando na saúde de sua esposa e de seu filho, o inquilino resolveu mudar-se de casa, deixando-a, novamente, vazia.
O proprietário ficou um pouco desapontado, pois não conseguia entender o porquê de não conseguir manter moradores permanentes em sua casa, sendo que achava que a mesma era linda e aconchegante. Mas, como não poderia deixar de ser, antes que pudesse encontrar as respostas, uma nova moradora já estava ocupando o vazio deixado pelo casal anterior.
Novamente, em pouco tempo, a casa estava sem ninguém. E, assim foi, por muito e muito tempo. Alguém interessado em morar na casa fica desagradado com alguma coisa, propõe uma mudança que não é aceita pelo proprietário e resolve abrir mão da casa devido à relutância e teimosia do proprietário. E outro. E outra. E outro. E muitos mais...
Com o coração acontece o mesmo. Enquanto não nos desprendermos de certas convicções, de nosso apego, de certos paradigmas e de nosso egoísmo, não conseguiremos ser felizes. Enquanto acharmos que estamos certo em tudo, que não precisamos mudar em nada e que tudo deve acontecer e ser do jeito que queremos ou que achamos correto, não poderemos progredir e crescer. Enquanto não fizermos uma reforma em nosso interior, não procurarmos ser ideais ou úteis para os outros, não nos será permitido encontrar aquele alguém que nos preencha o vazio que ecoa em nossa casa, em nosso coração.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Que tempinho é esse?
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Ontem o telhado de uma escola bastante conhecida em Utinga, Santo André, foi levada pelos fortes ventos que passaram pelo local. Além do teto da escola, árvores foram arrancadas, carros e casas foram afetados e os moradores das redondezas ficaram sem energia elétrica durante horas.
A escola fica em um ponto alto do bairro; apresenta-se bastante majestosa, imponente e pode ser vista de longe. É... certas aparências têm um preço amargo.
Enfim, minha intenção não é comentar tragédias ou discutir ostentações, mas sim, sugerir uma trilha sonora para esses dias chuvosos que parecem que não vão acabar mais. Aí vai:
Ontem o telhado de uma escola bastante conhecida em Utinga, Santo André, foi levada pelos fortes ventos que passaram pelo local. Além do teto da escola, árvores foram arrancadas, carros e casas foram afetados e os moradores das redondezas ficaram sem energia elétrica durante horas.
A escola fica em um ponto alto do bairro; apresenta-se bastante majestosa, imponente e pode ser vista de longe. É... certas aparências têm um preço amargo.
Enfim, minha intenção não é comentar tragédias ou discutir ostentações, mas sim, sugerir uma trilha sonora para esses dias chuvosos que parecem que não vão acabar mais. Aí vai:
- "Rain When I Die" - Alice In Chains;
- "Have You Ever Seen The Rain" - CCR;
- "Rain" - Madonna;
- "Only Happy When It Rains" - Garbage;
- "November Rain" - Guns N' Roses;
- "Purple Rain" - Prince;
- "Rain" - Kiss;
- "It's Raining Man" - Weather Girls;
- "Endless Rain" - X-Japan;
- "Raining Blood" - Slayer;
- "The Rain Song" - Led Zeppelin;
- "No Rain" - Blind Melon;
- "Through The Rain" - Mariah Carey;
- "Can't Get Outta The Rain" - Michael Jackson;
- "Rain" - The Beatles;
- "Listen To The Rain" - Evanescence;
- "When It Rains" - Paramore;
- "Umbrella" - Rihanna.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
As aventuras de uma gotinha...
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No início, era somente uma molécula de H2O que flutuava sem rumo no espaço. Aos poucos, outras foram se juntando a ela, foram crescendo, ganhando consistência e perdendo temperatura. Já não se sentia mais como algo solto e sem força, começava a perceber outros elementos e sentia que começava a fazer parte da ordem natural das coisas.
Começou a ver muitas outras como ela à sua volta, mas percebia que ainda vagava um pouco à sorte dos ventos que a carregavam para onde eles quisessem. De repente, começou a perceber clarões de luzes e barulhos estrondosos ao longo do caminho que percorria e não sabia sequer o que aquilo significava, mas sentiu-se mais pesada, mais escura, mais visível. Estava se liquefazendo, mas nem sabia disso.
Ganhou uma consistência estranha e sentiu que algo a puxava para baixo. Seria o vento novamente? Não. Sentia que o vento soprava à sua volta, mas não a carregava com tanta força. A força que a puxava para baixo era algumas vezes mais forte. Então resolveu encarar aquilo.
Começou a cair com velocidade cada vez maior. Ao olhar para os lados, via milhares de outras como ela. Umas mais rápidas outras mais lentas. Percebeu que estava visualizando cores diferentes e o que via estava aumentando cada vez mais, estavam chegando mais perto.
Quando as coisas ficaram grandes demais, percebeu que estava para se chocar com algo grande e vermelho, apesar de não saber nomes de cores. Era um sinalizador daqueles que ficam piscando no alto dos prédios. Tentou desviar, mas não pode. Chocou-se fortemente contra o tal sinalizador e viu milhares de suas moléculas escaparem de si em forma de pequenas gotículas, mas não sentiu dor. Sentia, ao mesmo tempo, que muitas outras moléculas se grudavam a ela e imaginou ser sempre assim, uma constante renovação.
Aquilo não parava de piscar e estava ofuscando-a. Quando pensou que ia descansar, sentiu um vento forte a empurrando dali. Tentou se segurar em vão. Foi arrastada para o ar novamente e começou a cair mais uma vez.
Viu-se aproximando, agora, de algo extenso, mas fino e preto. Era um fio de eletricidade, mas não tinha consciência disso. Tentou se agarrar, mas o máximo que conseguiu foi se prender para, então, dar duas voltas no tal fio e se desprender novamente, voltando a cair.
Sentiu que ia chocar-se novamente contra algo, agora, transparente e grande, onde havia muitas delas caindo, e havia uma grande pá que, ao mover-se, fazia com que as gotas que acabaram de cair desaparecessem e ficou com medo.
Chocou-se, inevitavelmente, àquele pára-brisa de carro, sem sequer saber o que era aquilo. Novamente, muitas moléculas voaram para todos os lados. Então viu aquela enorme pá preta vindo em sua direção e uma onda enorme acompanhando-a. Juntou-se à onda e foi arremessada para longe. Não sabe para onde.
Sentiu-se caindo novamente e chocou-se mais uma vez, deixando escapar mais uma série de moléculas e recebendo outras novas. Estava na calçada. Seguia o curso que todo o restante de água estava seguindo, escorreu por uma parede vertical, que nós chamamos de guia.
Caiu em mais um monte de água que corria pela valeta da rua. Viu trilhões e trilhões de outras moléculas todas juntas. Sentiu-se expandida e que todas as moléculas que ali estavam e as gotas que ali caíam eram ela mesma. Sentiu-se confusa, mas seguiu o curso sem pestanejar. Sentia-se forte. Com força para arrastar o que estivesse à sua frente.
Após várias quedas, curvas e rodopios estacionou em um local calmo e parado. Chamamos isso de poça d’água. Descansou um pouco, circulou a poça, balançou um pouco e percebeu que não caíam mais gotas. Não sabia o que seria dali para frente. Conseguiria sair dali? Precisaria ficar ali para sempre?
Neste momento, algo grande bateu em um lado da poça. Pode ter sido um pneu de carro, uma criança pisando ou algo que caíra, ninguém sabe. Mas fez com que a gotinha saltasse para longe junto com muitas outras.
Caiu em um lugar seco e muito quente. Sentiu-se afundando neste terreno seco. Estava sendo absorvida, mas nem sabia. Sentiu uma luz muito forte e quente vindo de cima. Então, sentiu-se esquentando novamente e perdendo consistência. Estava evaporando e não sabia.
Sentiu-se ficando leve, sentiu moléculas se desprendendo. Começou a subir e a subir, bem devagarzinho. Dançava de um lado para o outro, rodopiava, deixava o vento mandar nela. Virou fumaça, virou gás, virou vapor. Voltou para o espaço e voltou a ser apenas uma molécula de H2O flutuando no espaço.
No início, era somente uma molécula de H2O que flutuava sem rumo no espaço. Aos poucos, outras foram se juntando a ela, foram crescendo, ganhando consistência e perdendo temperatura. Já não se sentia mais como algo solto e sem força, começava a perceber outros elementos e sentia que começava a fazer parte da ordem natural das coisas.
Começou a ver muitas outras como ela à sua volta, mas percebia que ainda vagava um pouco à sorte dos ventos que a carregavam para onde eles quisessem. De repente, começou a perceber clarões de luzes e barulhos estrondosos ao longo do caminho que percorria e não sabia sequer o que aquilo significava, mas sentiu-se mais pesada, mais escura, mais visível. Estava se liquefazendo, mas nem sabia disso.
Ganhou uma consistência estranha e sentiu que algo a puxava para baixo. Seria o vento novamente? Não. Sentia que o vento soprava à sua volta, mas não a carregava com tanta força. A força que a puxava para baixo era algumas vezes mais forte. Então resolveu encarar aquilo.
Começou a cair com velocidade cada vez maior. Ao olhar para os lados, via milhares de outras como ela. Umas mais rápidas outras mais lentas. Percebeu que estava visualizando cores diferentes e o que via estava aumentando cada vez mais, estavam chegando mais perto.
Quando as coisas ficaram grandes demais, percebeu que estava para se chocar com algo grande e vermelho, apesar de não saber nomes de cores. Era um sinalizador daqueles que ficam piscando no alto dos prédios. Tentou desviar, mas não pode. Chocou-se fortemente contra o tal sinalizador e viu milhares de suas moléculas escaparem de si em forma de pequenas gotículas, mas não sentiu dor. Sentia, ao mesmo tempo, que muitas outras moléculas se grudavam a ela e imaginou ser sempre assim, uma constante renovação.
Aquilo não parava de piscar e estava ofuscando-a. Quando pensou que ia descansar, sentiu um vento forte a empurrando dali. Tentou se segurar em vão. Foi arrastada para o ar novamente e começou a cair mais uma vez.
Viu-se aproximando, agora, de algo extenso, mas fino e preto. Era um fio de eletricidade, mas não tinha consciência disso. Tentou se agarrar, mas o máximo que conseguiu foi se prender para, então, dar duas voltas no tal fio e se desprender novamente, voltando a cair.
Sentiu que ia chocar-se novamente contra algo, agora, transparente e grande, onde havia muitas delas caindo, e havia uma grande pá que, ao mover-se, fazia com que as gotas que acabaram de cair desaparecessem e ficou com medo.
Chocou-se, inevitavelmente, àquele pára-brisa de carro, sem sequer saber o que era aquilo. Novamente, muitas moléculas voaram para todos os lados. Então viu aquela enorme pá preta vindo em sua direção e uma onda enorme acompanhando-a. Juntou-se à onda e foi arremessada para longe. Não sabe para onde.
Sentiu-se caindo novamente e chocou-se mais uma vez, deixando escapar mais uma série de moléculas e recebendo outras novas. Estava na calçada. Seguia o curso que todo o restante de água estava seguindo, escorreu por uma parede vertical, que nós chamamos de guia.
Caiu em mais um monte de água que corria pela valeta da rua. Viu trilhões e trilhões de outras moléculas todas juntas. Sentiu-se expandida e que todas as moléculas que ali estavam e as gotas que ali caíam eram ela mesma. Sentiu-se confusa, mas seguiu o curso sem pestanejar. Sentia-se forte. Com força para arrastar o que estivesse à sua frente.
Após várias quedas, curvas e rodopios estacionou em um local calmo e parado. Chamamos isso de poça d’água. Descansou um pouco, circulou a poça, balançou um pouco e percebeu que não caíam mais gotas. Não sabia o que seria dali para frente. Conseguiria sair dali? Precisaria ficar ali para sempre?
Neste momento, algo grande bateu em um lado da poça. Pode ter sido um pneu de carro, uma criança pisando ou algo que caíra, ninguém sabe. Mas fez com que a gotinha saltasse para longe junto com muitas outras.
Caiu em um lugar seco e muito quente. Sentiu-se afundando neste terreno seco. Estava sendo absorvida, mas nem sabia. Sentiu uma luz muito forte e quente vindo de cima. Então, sentiu-se esquentando novamente e perdendo consistência. Estava evaporando e não sabia.
Sentiu-se ficando leve, sentiu moléculas se desprendendo. Começou a subir e a subir, bem devagarzinho. Dançava de um lado para o outro, rodopiava, deixava o vento mandar nela. Virou fumaça, virou gás, virou vapor. Voltou para o espaço e voltou a ser apenas uma molécula de H2O flutuando no espaço.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Faith No More
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Em um post anterior sobre o Dia Mundial do Rock, eu escrevi que você nunca mais veria um show do Faith No More.
Fico feliz em dizer que estava errado!
Eles estão de volta e vêm ao Brasil para alguns shows, incluindo um em São Paulo no Maquinaria Festival [que contará ainda com as presenças confirmadas de Jane's Addiction, Deftones e Evanescence] no dia 7 de novembro!
Didjo, eu já tinha visto a infomação, mas valeu pelo alerta. Espero que tenhamos condições de ir.
Afinal, somente quem curte as músicas deles sabe o quanto essa volta é significativa!
Nossa! É f***!
"I know the feeling, it's The Real Thing"!
Em um post anterior sobre o Dia Mundial do Rock, eu escrevi que você nunca mais veria um show do Faith No More.
Fico feliz em dizer que estava errado!
Eles estão de volta e vêm ao Brasil para alguns shows, incluindo um em São Paulo no Maquinaria Festival [que contará ainda com as presenças confirmadas de Jane's Addiction, Deftones e Evanescence] no dia 7 de novembro!
Didjo, eu já tinha visto a infomação, mas valeu pelo alerta. Espero que tenhamos condições de ir.
Afinal, somente quem curte as músicas deles sabe o quanto essa volta é significativa!
Nossa! É f***!
"I know the feeling, it's The Real Thing"!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Desabafo!
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Faz tempo que não escrevo aqui, né!?
Acontece que, apesar de ter divulgado meus blogs entre amigos, parentes e conhecidos, não sei quem lê, se alguém lê, se gostam ou não, pois ninguém comenta (exceto por alguns poucos, claro!), nem no blog, nem pessoalmente.
Como disse no primeiro post, tinha receio de não conseguir escrever tanto quanto poderiam demandar as pessoas que acompanhassem, mas, pelo visto, não preciso me preocupar muito com isso!
Imaginava-me expondo aqui algumas opiniões, ideias, curiosidades para serem debatidas, mas às vezes, me sinto falando sozinho. Não gosto de falar sozinho.
Mas tudo certo! Vou me recuperar! rs
Na verdade, acho que estava meio agoniado com algumas coisas particulares, mas estou melhor agora!
Tenho algumas coisas novas a comentar, uma enquete a responder e postarei aqui nos próximos dias...
Bom! Vou começar hoje mesmo! Tenho uma novidade:
Tirei o aparelho dos dentes de cima. Estou de boca nova; de dentes novos!
Ok! Ok! Na verdade, os dentes são os mesmos, certo? Mas o sorriso é novo!
Abraços!
Faz tempo que não escrevo aqui, né!?
Acontece que, apesar de ter divulgado meus blogs entre amigos, parentes e conhecidos, não sei quem lê, se alguém lê, se gostam ou não, pois ninguém comenta (exceto por alguns poucos, claro!), nem no blog, nem pessoalmente.
Como disse no primeiro post, tinha receio de não conseguir escrever tanto quanto poderiam demandar as pessoas que acompanhassem, mas, pelo visto, não preciso me preocupar muito com isso!
Imaginava-me expondo aqui algumas opiniões, ideias, curiosidades para serem debatidas, mas às vezes, me sinto falando sozinho. Não gosto de falar sozinho.
Mas tudo certo! Vou me recuperar! rs
Na verdade, acho que estava meio agoniado com algumas coisas particulares, mas estou melhor agora!
Tenho algumas coisas novas a comentar, uma enquete a responder e postarei aqui nos próximos dias...
Bom! Vou começar hoje mesmo! Tenho uma novidade:
Tirei o aparelho dos dentes de cima. Estou de boca nova; de dentes novos!
Ok! Ok! Na verdade, os dentes são os mesmos, certo? Mas o sorriso é novo!
Abraços!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Dia Mundial do Rock
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Sei que foi dia 13, mas não pude escrever nada no dia. Fui até questionado sobre isso. Então resolvi deixar para o último Dia do mês Mundial do Rock, fazendo alusão ao Offspring em sua música "Pretty Fly" (He asked for a ‘13’, but they drew a ‘31’). Ha! Ha! Ha! Nada a ver!
O que dizer sobre o Rock? É bastante difícil dizer algo que ainda não tenha sido dito. O Rock é muito amplo, cada um tem uma visão diferente. Eu mesmo não consigo encontrar definição para o tema. Só sei que o que andam tocando hoje em dia não é Rock. Blargh!
Acredito que o Rock não é algo que possa ser explicado ou definido, precisa ser sentido. Precisa correr em suas veias. Se você ouvi-lo e não sentir nada disso, não adianta! Você não vai gostar de verdade. Pode ser que você diga que goste por moda ou por indecisão sobre seu próprio gosto musical, mas em um momento ou outro, vai desistir. Mas não se preocupe! Você é livre! É direito seu gostar de qualquer coisa, mesmo que ela seja ruim.
Eu tinha outros gostos musicais (que não cabem serem comentados aqui!), mas quando ouvi os álbuns “The Real Thing” do Faith No More, “Appetite For Destruction” do Guns N’Roses e “...And Justice For All” do Metallica, descobri do que eu gosto.
[Aliás, nos anos 90, estes fizeram uma turnê juntos. Nossa! Deve ter sido uma obra-prima!]
Enfim, desde então, fui aprimorando meu gosto, conhecendo novas e velhas bandas e músicas, fui vocalista de quatro bandas, a saber: Spank Bad Thing, Night Fear, um System Of A Down cover e um projeto de Thrash Metal (nenhuma delas foi adiante, mas...), e fui a shows memoráveis que passo a relatar a seguir, para inveja de alguns e deleite de outros [vou citar somente os de maior expressão]:
Shows que você também poderá ver:
Iron Maiden, Capital Inicial, Metallica, Engenheiros do Hawaii, Kreator, Krisiun, Inocentes, Slayer, Megadeth, Mercyful Fate, Helloween, Biohazard, Motörhead, Ratos de Porão, Charlie Brown Jr., Paralamas do Sucesso, Korzus, Ultraje a Rigor, Skank, Pato Fu...
Shows que talvez você não veja mais:
Black Sabbath, Kiss, Alice Cooper, Ozzy Osbourne, Planet Hemp, Alanis Morissette...
Shows que você nunca mais verá:
Faith No More, Sepultura (com Max e Igor Cavalera), Titãs (com Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Nando Reis), Guns N’Roses (com Slash), L7, Nirvana, P.U.S. (ai, Syang!), Ramones, Raimundos, Suicidal Tendencies, Skid Row, Cássia Eller, Angra (com André Matos)...
E você? Gosta de Rock? Como começou a gostar? Qual a sua trajetória no assunto?
Sei que foi dia 13, mas não pude escrever nada no dia. Fui até questionado sobre isso. Então resolvi deixar para o último Dia do mês Mundial do Rock, fazendo alusão ao Offspring em sua música "Pretty Fly" (He asked for a ‘13’, but they drew a ‘31’). Ha! Ha! Ha! Nada a ver!
O que dizer sobre o Rock? É bastante difícil dizer algo que ainda não tenha sido dito. O Rock é muito amplo, cada um tem uma visão diferente. Eu mesmo não consigo encontrar definição para o tema. Só sei que o que andam tocando hoje em dia não é Rock. Blargh!
Acredito que o Rock não é algo que possa ser explicado ou definido, precisa ser sentido. Precisa correr em suas veias. Se você ouvi-lo e não sentir nada disso, não adianta! Você não vai gostar de verdade. Pode ser que você diga que goste por moda ou por indecisão sobre seu próprio gosto musical, mas em um momento ou outro, vai desistir. Mas não se preocupe! Você é livre! É direito seu gostar de qualquer coisa, mesmo que ela seja ruim.
Eu tinha outros gostos musicais (que não cabem serem comentados aqui!), mas quando ouvi os álbuns “The Real Thing” do Faith No More, “Appetite For Destruction” do Guns N’Roses e “...And Justice For All” do Metallica, descobri do que eu gosto.
[Aliás, nos anos 90, estes fizeram uma turnê juntos. Nossa! Deve ter sido uma obra-prima!]
Enfim, desde então, fui aprimorando meu gosto, conhecendo novas e velhas bandas e músicas, fui vocalista de quatro bandas, a saber: Spank Bad Thing, Night Fear, um System Of A Down cover e um projeto de Thrash Metal (nenhuma delas foi adiante, mas...), e fui a shows memoráveis que passo a relatar a seguir, para inveja de alguns e deleite de outros [vou citar somente os de maior expressão]:
Shows que você também poderá ver:
Iron Maiden, Capital Inicial, Metallica, Engenheiros do Hawaii, Kreator, Krisiun, Inocentes, Slayer, Megadeth, Mercyful Fate, Helloween, Biohazard, Motörhead, Ratos de Porão, Charlie Brown Jr., Paralamas do Sucesso, Korzus, Ultraje a Rigor, Skank, Pato Fu...
Shows que talvez você não veja mais:
Black Sabbath, Kiss, Alice Cooper, Ozzy Osbourne, Planet Hemp, Alanis Morissette...
Shows que você nunca mais verá:
Faith No More, Sepultura (com Max e Igor Cavalera), Titãs (com Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Nando Reis), Guns N’Roses (com Slash), L7, Nirvana, P.U.S. (ai, Syang!), Ramones, Raimundos, Suicidal Tendencies, Skid Row, Cássia Eller, Angra (com André Matos)...
E você? Gosta de Rock? Como começou a gostar? Qual a sua trajetória no assunto?
terça-feira, 28 de julho de 2009
Corinthians 0 x 3 Obina
.
Arrisco-me a dizer que o Fenômeno está chegando ao fim!
Anteontem foi dia de clássico paulista entre Corinthians e Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Placar favorável ao Palmeiras.
Quando o Ronaldo joga bem, o Corinthians tem bom desempenho. Quando o Ronaldo não joga ou joga mal, o Corinthians tem mau desempenho.
Assim, como no jogo anterior, o Fenômeno escorregou ao bater uma falta, neste último jogo, o time todo escorregou. E agora ele quebrou a mão. Ai, ai!
Sorte do criticado Obina que marcou 5 gols (contando com um gol impedido e um pênalti anulado por invasão de área).
O centenário do ‘timão’ vem chegando. A vaga para a Copa Libertadores da América de 2010 está garantida por conta do título conseguido na Copa do Brasil. Haverá um desempenho fenomenal, como ‘batem no peito’ os corintianos? Veremos!
Enfim..., como meu Tricolor não chega mais a lugar algum este ano, o jeito é torcer pelo Muricy Ramalho, agora no Palmeiras.
Vai lá, Muricy, rumo ao tetra!!!
P.S.: Forza, Felipe Massa!!! Contamos com você!
Arrisco-me a dizer que o Fenômeno está chegando ao fim!
Anteontem foi dia de clássico paulista entre Corinthians e Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Placar favorável ao Palmeiras.
Quando o Ronaldo joga bem, o Corinthians tem bom desempenho. Quando o Ronaldo não joga ou joga mal, o Corinthians tem mau desempenho.
Assim, como no jogo anterior, o Fenômeno escorregou ao bater uma falta, neste último jogo, o time todo escorregou. E agora ele quebrou a mão. Ai, ai!
Sorte do criticado Obina que marcou 5 gols (contando com um gol impedido e um pênalti anulado por invasão de área).
O centenário do ‘timão’ vem chegando. A vaga para a Copa Libertadores da América de 2010 está garantida por conta do título conseguido na Copa do Brasil. Haverá um desempenho fenomenal, como ‘batem no peito’ os corintianos? Veremos!
Enfim..., como meu Tricolor não chega mais a lugar algum este ano, o jeito é torcer pelo Muricy Ramalho, agora no Palmeiras.
Vai lá, Muricy, rumo ao tetra!!!
P.S.: Forza, Felipe Massa!!! Contamos com você!
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Adeus a Michael Jackson!
Poderia ter escrito isso antes, logo após saber da notícia de sua morte, mas preferi assistir a alguns especiais na televisão (que obviamente seriam exibidos) para lembrar de algumas músicas e fatos de sua carreira.

Nunca fui muito fã de Michael Jackson, por isso não posso dizer muito, mas gostaria de pedir a todos que esqueçam as polêmicas, os escândalos, os traumas de infância, os problemas psicológicos, os esbanjamentos, os vícios etc. Isso é fácil de encontrar e qualquer um de nós pode desenvolver, querendo...
Peço que atenham-se somente ao que o King Of Pop nos legou musicalmente, que é o que importa... Isto sim é difícil, e talvez, impossível de se encontrar por aí. Todo o talento, o 'Moonwalker', músicas boas como 'Bad', 'Beat It', 'Ben', 'Billie Jean', 'Black Or White'. Talvez vocês pensem: 'Nossa! Será que ele só vai citar músicas começadas com a letra 'B'?'. Não! Temos também 'Thriller', 'Leave Me Alone', 'Smooth Criminal', 'Give In To Me' (com Slash), as engajadas em causa sociais ou ecológicas como 'Earth Song', 'Heal The World' e a grandiosa 'We Are The World'!
Agora ele irá somente rechear, mais ainda, musicalmente, algum outro plano (que está melhor que aqui, com certeza!), ao lado de Cazuza, Janis Joplin, Cliff Burton, Jim Morrison, Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Raul Seixas, Joey Ramone, Renato Russo, John Lennon e de seu sogro Elvis Presley, entre muitos outros.
Enfim... é isso! Se você acha que não citei alguma música importante ou a que você mais gosta, por favor, refresque minha memória e deixe um comentário.
M.J., TKS, R.I.P., pls!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
A intimidade como espetáculo.
"Livro: O show do eu
por Gabriela Zago em maio 26, 2009 12:15 PM
O que nos leva a contar episódios de nossas vidas em um blog, a narrar tudo o que estamos fazendo no Twitter, a mandar para o YouTube vídeos das coisas que fazemos, a postar no Flickr fotos do que vimos, ou, pior, a reunir tudo isso em um único espaço como no FriendFeed? De onde vem essa necessidade constante de tornar pública nossa intimidade, de tornar nebulosa a fronteira da privacidade, enfim, de mostrar ao mundo como, o que, quando, onde e por que estamos vivendo?
O livro "O show do eu - A intimidade como espetáculo", de Paula Sibilia (Nova Fronteira, 2008, 286pp.) procura desvendar os motivos da crescente espetacularização dos indivíduos, que revelam suas intimidades para conhecidos e anônimos, em especial na Internet, tanto na forma escrita como em vídeos e fotografias. Fruto da tese de doutorado da autora, o trabalho aborda o eu sob diversas perspectivas: o eu narrador, o eu privado, o eu visível, o eu atual, o eu autor, o eu real, o eu personagem e o eu espetacular.
Os exemplos são variados. De diários íntimos online - blogs intimistas, em que se conta de tudo - a diários de garotas de programa que se tornam livros. De webcams que transmitem incessantemente a rotina de pessoas comuns, a fotografias tornadas públicas de situações privadas.
Como explicar "fenômenos editoriais" como Bruna Surfistinha senão pela espetacularização do autor, pelo culto à personalidade? Pouco importa a obra produzida. Na sociedade atual, a inversão de valores é tanta que cultua-se o autor, ainda que nem obra possua:
por Gabriela Zago em maio 26, 2009 12:15 PM

O livro "O show do eu - A intimidade como espetáculo", de Paula Sibilia (Nova Fronteira, 2008, 286pp.) procura desvendar os motivos da crescente espetacularização dos indivíduos, que revelam suas intimidades para conhecidos e anônimos, em especial na Internet, tanto na forma escrita como em vídeos e fotografias. Fruto da tese de doutorado da autora, o trabalho aborda o eu sob diversas perspectivas: o eu narrador, o eu privado, o eu visível, o eu atual, o eu autor, o eu real, o eu personagem e o eu espetacular.
Os exemplos são variados. De diários íntimos online - blogs intimistas, em que se conta de tudo - a diários de garotas de programa que se tornam livros. De webcams que transmitem incessantemente a rotina de pessoas comuns, a fotografias tornadas públicas de situações privadas.
Como explicar "fenômenos editoriais" como Bruna Surfistinha senão pela espetacularização do autor, pelo culto à personalidade? Pouco importa a obra produzida. Na sociedade atual, a inversão de valores é tanta que cultua-se o autor, ainda que nem obra possua:
"Qual é a principal obra que produzem os autores-narradores dos novos gêneros confessionais da internet? Tal obra é um personagem chamado eu, pois o que se cria e recria incessantemente nesses espaços interativos é a própria personalidade" (p. 233)
O livro parte do crescente papel de "eu, você, e todos nós" em narrativas disponibilizadas e popularizadas em especial via Internet. O ponto culminante desse fenômeno se deu por ocasião da escolha da personalidade do ano de 2006 pela Revista Time: Você. A capa da edição trazia um computador com uma tela parecida com a de um vídeo do YouTube. Entretanto, ao invés de trazer um vídeo qualquer estampado, havia ali um espelho. A personalidade do ano era você - mas também eu, e todos nós - que publicam conteúdo na rede, que narram para uma, duas, três ou 67 pessoas (olá, leitores anônimos do feed!) seus cotidianos (patéticos?) e suas vidas online.
Mais do que observação do outro e exposição de si próprio, tratam-se de pessoas reais que almejam ser (re)conhecidas. Toda essa publicização do eu pode levar a transformações da subjetividade contemporânea. E gera discussões quanto a questões como a privacidade na Internet.
A leitura do livro é recomendada para todos aqueles que disponibilizam informações pessoais na Internet e em outros espaços, ou que acompanham narrativas de outras pessoas, de ilustres desconhecidos a celebridades instantâneas, do vizinho do lado ao desconhecido que mora do outro lado do mundo.
--
Saiba mais:
Confira a entrevista concedida pela autora sobre o livro para o IHU On-Line.
Site oficial do livro - lá é possível ler o primeiro capítulo da obra.
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[modo paranóia]
Engana-se quem pensa que isso tudo está longe de sua realidade. A fronteira entre público e privado na Internet se torna cada vez mais tênue. Saindo um pouco do contexto do livro, tome-se o exemplo mais recente desta extensão para Firefox, cujo objetivo é identificar e reunir dados de perfis de um determinado usuário de uma rede social. Dependendo do quanto de informações o indivíduo disponibiliza online, ainda que em sites distintos, o resultado obtido pode ser uma ficha completa do usuário.
Mesmo aqueles que aparentemente não se preocupam com a privacidade podem acabar se tornando vítimas do sistema. Recentemente, o juiz Antonin Scalia, da Suprema Corte dos Estados Unidos, foi o alvo de estudantes de Direito da Universidade de Fordham. A tarefa, proposta pelo professor Joel Reindenberg, consistia em elaborar um dossiê sobre o juiz, apenas com informações que pudessem ser encontradas online. Os alunos conseguiram levantar 15 páginas sobre a vida pessoal de Scalia, incluindo endereço e telefone pessoal do juiz. O caso pode ser tomado como alerta para se repensar a questão da privacidade online.
[/modo paranóia]
Categorias: livros
Tags: O show do eu"
Achei esta matéria interessante! Talvez eu leia este livro. Pode servir como um freio ao que publicar e pode ser útil para você, exibicionista, que não mede as consequências do que está publicando sobre suas particularidades...
Quer expor suas intimidades? Seu corpo? Tudo bem! Dependendo do corpo, até vou gostar! (rs)
Só não coloque seu endereço! Ha!Ha!Ha!
terça-feira, 26 de maio de 2009
Mulheres perguntam. Homens não.
"Mulheres perguntam.
Publicado por Daniel Bender em 22.5.2009 às 22:35, no Yahoo!
Achar-se pelas cidades e estradas, às vezes, é complicado. É normal em cidades grandes que muitas ruas sejam de mão única, fazendo com que cada esquina se torne uma verdadeira armadilha. Além disso, alguns lugares, como Porto Alegre e Salvador, têm ruas e avenidas em curva que dificultam a localização dos motoristas ou pedestres.
Nestas horas de total desespero geográfico é possível distinguir as pessoas entre dois grupos, aqueles que perguntam e aqueles que se encontram sozinhos.
Homens se encontram sozinhos. Trata-se de uma auto-afirmação patológica que certamente data da Idade da Pedra.
Caso Pedro Álvares Cabral tivesse escutado sua mulher e parado para perguntar onde ficava a África há mais de 500 anos, talvez hoje não estivéssemos aqui e o Brasil fosse colonizado por chineses (...).
Alguém acredita que os Bandeirantes “perguntavam” o caminho enquanto eles desbravavam o interior do país para escravizar índios e se divertir com as índias? Não, né? Ia abrindo picadas a golpes de facão e ai de quem ficasse em seu caminho.
Tempos atrás uma amiga me perguntou porque os homens não perguntavam.
Acontece que homens não precisam perguntar porque nunca se perdem. É uma regra universal.
Rambo e John McClane nunca pararam para perguntar o caminho e ainda assim conseguiram chegar ao fim de seus filmes.
A resposta que eu dei para ela foi: mulheres perguntam. Homens não perguntam. Nunca.
Para evitar problemas e não precisar perguntar nunca, os homens criaram vários dispositivos. Se dependesse das mulheres e sua mania de perguntar sempre, inclusive quando sabem onde estão, não precisaríamos ter nenhum destes equipamentos maravilhosos:

GPS;
Bússola;
Mapas;
Astrolábio;
Placas de ruas.
Nosso senso de direção é não somente infalível, ele contribui com o avanço da tecnologia espacial.
E você, pergunta ou se acha?"
Eu, particularmente, me acho sozinho e me perco sozinho (rs)... não preciso perguntar a ninguém...
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Hoje vai ser uma festa!
Saudações a todos!
Aproveito o dia de hoje que é dia do meu aniversário de 'não interessa quantos' anos para inaugurar meu blog!
Hoje é também o Dia Internacional do Orgulho NERD. Ha!Ha!Ha! Bem adequado! Aí, Adriano, dessa vez, eu já saí na frente! Nasci no dia certo! Como será que se chama isso? Natinerd? Nerd natural?
Enfim, ainda não sei o que vou postar aqui...
Nunca achei que teria um blog. Primeiro porque acho que não terei assiduidade de atualizá-lo como vão demandar e, segundo, porque dificilmente tenho paciência de ler o blog dos outros, mas algumas pessoas me inspiraram a ter algum lugar onde expressar algumas ideias (sem acento, segundo o novo acordo ortográfico).
Bom... é isso! Filiem-se e acompanhem!
Ah! Para quem está achando que vai haver festa e não foi convidado, desculpe, mas não foi convidado porque não haverá festa!
Até...
Aproveito o dia de hoje que é dia do meu aniversário de 'não interessa quantos' anos para inaugurar meu blog!
Hoje é também o Dia Internacional do Orgulho NERD. Ha!Ha!Ha! Bem adequado! Aí, Adriano, dessa vez, eu já saí na frente! Nasci no dia certo! Como será que se chama isso? Natinerd? Nerd natural?
Enfim, ainda não sei o que vou postar aqui...
Nunca achei que teria um blog. Primeiro porque acho que não terei assiduidade de atualizá-lo como vão demandar e, segundo, porque dificilmente tenho paciência de ler o blog dos outros, mas algumas pessoas me inspiraram a ter algum lugar onde expressar algumas ideias (sem acento, segundo o novo acordo ortográfico).
Bom... é isso! Filiem-se e acompanhem!
Ah! Para quem está achando que vai haver festa e não foi convidado, desculpe, mas não foi convidado porque não haverá festa!
Até...
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