quinta-feira, 28 de maio de 2009

A intimidade como espetáculo.


"Livro: O show do eu
por Gabriela Zago em maio 26, 2009 12:15 PM

O que nos leva a contar episódios de nossas vidas em um blog, a narrar tudo o que estamos fazendo no Twitter, a mandar para o YouTube vídeos das coisas que fazemos, a postar no Flickr fotos do que vimos, ou, pior, a reunir tudo isso em um único espaço como no FriendFeed? De onde vem essa necessidade constante de tornar pública nossa intimidade, de tornar nebulosa a fronteira da privacidade, enfim, de mostrar ao mundo como, o que, quando, onde e por que estamos vivendo?

O livro "O show do eu - A intimidade como espetáculo", de Paula Sibilia (Nova Fronteira, 2008, 286pp.) procura desvendar os motivos da crescente espetacularização dos indivíduos, que revelam suas intimidades para conhecidos e anônimos, em especial na Internet, tanto na forma escrita como em vídeos e fotografias. Fruto da tese de doutorado da autora, o trabalho aborda o eu sob diversas perspectivas: o eu narrador, o eu privado, o eu visível, o eu atual, o eu autor, o eu real, o eu personagem e o eu espetacular.

Os exemplos são variados. De diários íntimos online - blogs intimistas, em que se conta de tudo - a diários de garotas de programa que se tornam livros. De webcams que transmitem incessantemente a rotina de pessoas comuns, a fotografias tornadas públicas de situações privadas.

Como explicar "fenômenos editoriais" como Bruna Surfistinha senão pela espetacularização do autor, pelo culto à personalidade? Pouco importa a obra produzida. Na sociedade atual, a inversão de valores é tanta que cultua-se o autor, ainda que nem obra possua:

"Qual é a principal obra que produzem os autores-narradores dos novos gêneros confessionais da internet? Tal obra é um personagem chamado eu, pois o que se cria e recria incessantemente nesses espaços interativos é a própria personalidade" (p. 233)

O livro parte do crescente papel de "eu, você, e todos nós" em narrativas disponibilizadas e popularizadas em especial via Internet. O ponto culminante desse fenômeno se deu por ocasião da escolha da personalidade do ano de 2006 pela Revista Time: Você. A capa da edição trazia um computador com uma tela parecida com a de um vídeo do YouTube. Entretanto, ao invés de trazer um vídeo qualquer estampado, havia ali um espelho. A personalidade do ano era você - mas também eu, e todos nós - que publicam conteúdo na rede, que narram para uma, duas, três ou 67 pessoas (olá, leitores anônimos do feed!) seus cotidianos (patéticos?) e suas vidas online.

Mais do que observação do outro e exposição de si próprio, tratam-se de pessoas reais que almejam ser (re)conhecidas. Toda essa publicização do eu pode levar a transformações da subjetividade contemporânea. E gera discussões quanto a questões como a privacidade na Internet.

A leitura do livro é recomendada para todos aqueles que disponibilizam informações pessoais na Internet e em outros espaços, ou que acompanham narrativas de outras pessoas, de ilustres desconhecidos a celebridades instantâneas, do vizinho do lado ao desconhecido que mora do outro lado do mundo.

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Saiba mais:
Confira a entrevista concedida pela autora sobre o livro para o IHU On-Line.
Site oficial do livro - lá é possível ler o primeiro capítulo da obra.
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[modo paranóia]

Engana-se quem pensa que isso tudo está longe de sua realidade. A fronteira entre público e privado na Internet se torna cada vez mais tênue. Saindo um pouco do contexto do livro, tome-se o exemplo mais recente desta extensão para Firefox, cujo objetivo é identificar e reunir dados de perfis de um determinado usuário de uma rede social. Dependendo do quanto de informações o indivíduo disponibiliza online, ainda que em sites distintos, o resultado obtido pode ser uma ficha completa do usuário.

Mesmo aqueles que aparentemente não se preocupam com a privacidade podem acabar se tornando vítimas do sistema. Recentemente, o juiz Antonin Scalia, da Suprema Corte dos Estados Unidos, foi o alvo de estudantes de Direito da Universidade de Fordham. A tarefa, proposta pelo professor Joel Reindenberg, consistia em elaborar um dossiê sobre o juiz, apenas com informações que pudessem ser encontradas online. Os alunos conseguiram levantar 15 páginas sobre a vida pessoal de Scalia, incluindo endereço e telefone pessoal do juiz. O caso pode ser tomado como alerta para se repensar a questão da privacidade online.

[/modo paranóia]

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Achei esta matéria interessante! Talvez eu leia este livro. Pode servir como um freio ao que publicar e pode ser útil para você, exibicionista, que não mede as consequências do que está publicando sobre suas particularidades...
Quer expor suas intimidades? Seu corpo? Tudo bem! Dependendo do corpo, até vou gostar! (rs)
Só não coloque seu endereço! Ha!Ha!Ha!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mulheres perguntam. Homens não.


"Mulheres perguntam.
Publicado por
Daniel Bender em 22.5.2009 às 22:35, no Yahoo!

Achar-se pelas cidades e estradas, às vezes, é complicado. É normal em cidades grandes que muitas ruas sejam de mão única, fazendo com que cada esquina se torne uma verdadeira armadilha. Além disso, alguns lugares, como Porto Alegre e Salvador, têm ruas e avenidas em curva que dificultam a localização dos motoristas ou pedestres.

Nestas horas de total desespero geográfico é possível distinguir as pessoas entre dois grupos, aqueles que perguntam e aqueles que se encontram sozinhos.

Homens se encontram sozinhos. Trata-se de uma auto-afirmação patológica que certamente data da Idade da Pedra.

Caso Pedro Álvares Cabral tivesse escutado sua mulher e parado para perguntar onde ficava a África há mais de 500 anos, talvez hoje não estivéssemos aqui e o Brasil fosse colonizado por chineses (...).

Alguém acredita que os Bandeirantes “perguntavam” o caminho enquanto eles desbravavam o interior do país para escravizar índios e se divertir com as índias? Não, né? Ia abrindo picadas a golpes de facão e ai de quem ficasse em seu caminho.

Tempos atrás uma amiga me perguntou porque os homens não perguntavam.
Acontece que homens não precisam perguntar porque nunca se perdem. É uma regra universal.


Rambo e John McClane nunca pararam para perguntar o caminho e ainda assim conseguiram chegar ao fim de seus filmes.

A resposta que eu dei para ela foi: mulheres perguntam. Homens não perguntam. Nunca.

Para evitar problemas e não precisar perguntar nunca, os homens criaram vários dispositivos. Se dependesse das mulheres e sua mania de perguntar sempre, inclusive quando sabem onde estão, não precisaríamos ter nenhum destes equipamentos maravilhosos:

GPS;

Bússola;

Mapas;

Astrolábio;

Placas de ruas.

Nosso senso de direção é não somente infalível, ele contribui com o avanço da tecnologia espacial.

E você, pergunta ou se acha?"

Eu, particularmente, me acho sozinho e me perco sozinho (rs)... não preciso perguntar a ninguém...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Hoje vai ser uma festa!

Saudações a todos!

Aproveito o dia de hoje que é dia do meu aniversário de 'não interessa quantos' anos para inaugurar meu blog!

Hoje é também o Dia Internacional do Orgulho NERD. Ha!Ha!Ha! Bem adequado! Aí, Adriano, dessa vez, eu já saí na frente! Nasci no dia certo! Como será que se chama isso? Natinerd? Nerd natural?

Enfim, ainda não sei o que vou postar aqui...
Nunca achei que teria um blog. Primeiro porque acho que não terei assiduidade de atualizá-lo como vão demandar e, segundo, porque dificilmente tenho paciência de ler o blog dos outros, mas algumas pessoas me inspiraram a ter algum lugar onde expressar algumas ideias (sem acento, segundo o novo acordo ortográfico).

Bom... é isso! Filiem-se e acompanhem!

Ah! Para quem está achando que vai haver festa e não foi convidado, desculpe, mas não foi convidado porque não haverá festa!

Até...