sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Nerd e a Noia I - Mundos distintos

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Apresento-lhes, agora, a curiosa estória de uma dupla inusitada: o Nerd e a Noia.

Certa vez, o Nerd, que chamaremos, simplesmente, de ‘ele’, estava em sua viagem rotineira ao seu local de trabalho, quando dentro do ônibus avistou uma menina que encantou seus olhos desacostumados a ver mulheres do mundo real. Logo seu coração disparou e o livro que repousava aberto em seu colo, ansiando para que fosse estudado, foi esquecido. Não havia mais concentração para entender aquelas fórmulas complicadíssimas. Não conseguia parar de olhar para aquela garota de cabelos loiros e olhar perdido.
A Noia, que chamaremos, simplesmente, de ‘ela’, não se deu conta dos olhares dele e, como que em transe, dormiu rápido por causa do balanço do ônibus que a acalentava e com a porção de substâncias calmantes que corriam em seu sangue.
Os dois desceram do ônibus no ponto final e, para surpresa dele, descobriu que estavam indo para o mesmo lugar. Trabalhavam no mesmo lugar. Daí, para que ele - acostumado a teclar com várias garotas que não conhecia - tomasse coragem e falasse com ela foi rápido. Não podia deixar passar a oportunidade de conhecer essa garota.
Assim, trocaram MSN, e-mails, recados no Orkut, Twitter, blogs, vídeos no YouTube e vinham ao trabalho conversando sobre várias coisas. Durante alguns dias, toda vez que eles se encontravam, ela perguntava qual era o MSN e o Orkut dele, porque ela esquecia que já o tinha adicionado. Durante suas conversas, ele tentava fazê-la entender que a vida é interessante e saudável e ela tentava fazê-lo entender que o barato é louco!!! Em um dia, ele estava explicando para ela sobre algorítmos e sobre o número de Fibonacci e ela começou a ficar tonta e com o que sobrou do seu cérebro rodopiando. Então, disse a ele: ‘Nossa! Que viagem muito lôca! Estou tontassa! Melhor que balinha na rave!!!’. Foi quando ela se apaixonou por ele. Mas foi nesse momento que o interesse romântico dele por ela se perdeu. Quando ele descobriu que as substâncias que ela apreciava eram as mesmas que ele estudava. Mesmo assim, ele continuou mantendo a amizade. Até se afastou dos amigos. 
Conta-se que chegaram até a brigar quando, em um dia, ela estava fumando um matinho inocente em um local público fechado e ele foi repreendê-la por causa do mal que estava causando a si mesma e a todos que estavam em volta. Ela mostrou o dedo médio esticado para ele e falou que não estava nem aí. 
E o relacionamento deles continuou assim. Conturbado, mas prometendo. Quem sabe onde isso vai dar…

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